A Argentina está promovendo a criação de uma "Área Protegida Marinha Bentônica" na "plataforma continental sob jurisdição argentina" que corresponde ao Buraco Azul, com o objetivo de proteger a fauna oceânica e evitar a predação por embarcações pesqueiras internacionais.

Numa porção da área de águas internacionais conhecida como Buraco Azul, cerca de 4.300 quilômetros quadrados na plataforma continental argentina e no limite de sua zona econômica exclusiva (ZEE), uma cidade de luzes, por causa de seu tamanho, é acesa a cada noite.

A luminosidade é produzida por barcos de pesca de diferentes bandeiras que operam ali com técnicas destrutivas do meio ambiente e numa situação de legalidade duvidosa.

Um projeto de lei para criar uma "área de proteção marítima bentônica" (isto é, do leito marinho) está sendo elaborado como parte da iniciativa interministerial Pampa Azul, de acordo com uma das diretrizes do futuro Tratado Global dos Oceanos que a Argentina está promovendo junto com outros países na ONU. O objetivo é tentar pôr um fim às ações depredatórias.

A magnitude da atividade pesqueira que ali ocorre - envolvendo tanto práticas legais quanto ilegais - foi demonstrada nas imagens de satélite da NASA, divulgadas pelo grupo ambiental Greenpeace, que em 23 de fevereiro contabilizou 470 embarcações concentradas numa área de 4.300 quilômetros quadrados, a 500 quilômetros do Golfo de San Jorge, no Atlântico Sul.

Tradução & Locução: Julieta Galván
Produção: Silvana Avellaneda
Web: Julián Cortez