A artista Marta Minujín é uma estrela no Brasil, com fãs que lhe pedem fotos, lhe dão presentes e lhe pedem a fórmula para transcender na arte, enquanto ela inaugurou nesta sexta-feira com grande pompa na Pinacoteca do Estado de São Paulo a maior exposição dedicada à obra da artista argentina na América Latina.

"Marta Minujin Ao Vivo" é o nome da mostra que é o primeiro panorama da artista no Brasil com mais de 100 obras de 1963 até hoje, representando trabalhos icônicos como El Batacazo, Galería Blanda e a grande novidade para sua legião de fãs brasileiros, a videoinstalação chamada "Implosión" criada durante a pandemia e que dialoga com os colchões e travesseiros multicoloridos de sua produção inicial.

Usando seus óculos espelhados estilo ray-ban, Minujín andou pela Pinacoteca do Estado de São Paulo como um pop star, seguido por brasileiros de todas as idades que lhe pediam uma foto, um autógrafo, um desenho e lhe davam cadernos com capas psicodélicas reverenciando a escola Di Tella de Buenos Aires. Muitos se perguntavam como se dizia em português "El Batacazo", uma de suas obras icônicas que foi refeita para a mostra brasileira e que havia sido desperdiçada em Nova York há mais de 20 anos.

A exposição, na Pinacoteca da capital paulista, que pode ser visitada até 24 de janeiro, coincidirá com a Bienal de São Paulo, que acontece de setembro a dezembro.