Enquanto o hemisfério norte está passando por um verão de temperaturas extremas, a
No sul do Brasil e no Paraguai, as temperaturas ficaram apenas abaixo de 40 graus Celsius, de acordo com fontes locais.
Em Vicuña, no norte do Chile, o termômetro chegou a 37 graus Celsius, o mais alto desde 1951 para essa época do ano.
Na semana passada, metade da Argentina registrou temperaturas na casa dos 30 graus em agosto, e o mesmo ocorreu na maior parte do Uruguai.
Na cidade de Buenos Aires, a última terça-feira foi o dia mais quente de agosto em quase 120 anos de medições do Serviço Meteorológico Nacional.
A máxima habitual para a capital argentina em pleno inverno é de cerca de 15 graus Celsius, de acordo com a mesma entidade.
De acordo com Yasna Palmeiro, pesquisadora da Universidade Católica do Chile consultada pela Deutsche Welle, a situação regional pode ser explicada por duas causas.
Por um lado, diz ela, "o aquecimento global e, por outro, o fenômeno El Niño, que naturalmente aumenta as temperaturas".
De acordo com Palmeiro, "a mudança climática causada pela atividade humana está alterando as oscilações normais de temperatura e precipitação, o que afeta seriamente os ecossistemas".
"Um exemplo claro é a quantidade de água no solo e a neve nos Andes", diz ela.
Ela adverte que "o solo ficará mais seco, o que pode se tornar combustível para incêndios, afetando novamente os ecossistemas naturais e humanos".