A quatro dias das eleições, em um contexto de alta volatilidade cambial, inflação disparada e queda das reservas em moeda estrangeira, a Argentina obteve mais dinheiro junto à China: um novo empréstimo de 47 bilhões de yuans, o que equivale a cerca de 6,5 bilhões de dólares – 1,5 bilhão a mais do que havia sido solicitado.
Trata-se de uma ampliação do acordo de swap cambial entre os dois países, segundo anunciou o presidente Alberto Fernández, que está em Pequim participando do fórum que celebra os dez anos da Iniciativa da Rota da Seda, projeto de infraestrutura também conhecido como a nova rota da seda chinesa.
O swap é um mecanismo de intercâmbio de moedas sem a utilização de uma terceira moeda – no caso, o dólar. Ele não tem custos por ser um intercâmbio, não um empréstimo, que é acionado conforme a necessidade. No entanto, a Argentina só pode usufruir dele para fazer pagamentos a credores que aceitam a moeda chinesa.
No pagamento da última parcela da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Argentina pôde pagar com yuans. O governo pretende fazer o mesmo na próxima parcela, caso o FMI aceite.
O presidente argentino, Alberto Fernández, quem está na China participando da Cúpula da Rota da Seda, discursou ontem e agradeceu o apoio chinês.