Todo dia 24 de junho, durante o solstício de inverno no hemisfério sul, celebra-se o Inti Raymi, a Festa do Sol, uma das tradições mais importantes do calendário andino. Esse ritual ancestral, herdado do Império Inca, homenageia o deus Inti, o Sol, fonte de vida, calor e energia. Para os povos originários dos Andes, esse momento marca o início de um novo ciclo, um novo ano agrícola e espiritual.

A cerimônia inclui danças, música, oferendas à Pachamama e rituais de agradecimento pelas colheitas, pedindo prosperidade para o novo ciclo. Em Cusco, antiga capital do Tahuantinsuyo, realiza-se uma encenação solene do Inti Raymi, que todos os anos atrai milhares de pessoas e representa um poderoso ato de memória cultural.

Na Argentina, comunidades quéchuas, kollas e outros povos originários também celebram o Inti Raymi, especialmente em províncias como Jujuy, Salta e Catamarca.

Em regiões como a Quebrada de Humahuaca, os rituais se entrelaçam com a cosmovisão local, e a festividade é vivida com profundo respeito — não apenas como um reencontro com o passado, mas como uma afirmação viva das identidades indígenas contemporâneas.