Contra “decretaço” de Javier Milei RAE ARGENTINA AO MUNDO

Argentina é palco de protestos

A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) na Argentina e a Confederação Geral do Trabalho (CGT) convocaram uma grande manifestação para esta quarta-feira (27/12), em frente ao Palácio da Justiça, na Praça dos Tribunais, em Buenos Aires. O protesto é reação a um decreto do governo do presidente Javier Milei, publicado nesta terça-feira (26), que determina a não renovação do contrato de servidores públicos incorporados ao longo de 2023 e contra um decreto de desregulação da economia, considerado inconstitucional.

 

De acordo com o secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar, 7 mil trabalhadores perderão o emprego com a medida de austeridade publicada ontem. “Que ninguém espere que aceitemos uma só demissão”, escreveu o sindicalista no seu perfil de rede social.

 

“Os trabalhadores, em todos os casos, desempenham tarefas essenciais para garantir o funcionamento de todas as áreas do Estado, independentemente da modalidade de sua relação contratual", observou o sindicato.

 

O decreto do governo impede a renovação de todos os contratos que venceriam em 31 de dezembro. Em casos de extrema necessidade – desde que haja solicitação de superiores – funcionários poderão ter renovações contratuais válidas por 90 dias no máximo.

 

Além da manifestação na Praça dos Tribunais, chamada de Dia Nacional de Luta, os sindicatos organizam atos em outras províncias, como bloqueio de estradas, greves e assembleias.

 

Um dos líderes da CGT, Héctor Daer, expressou ontem, terça-feira, que "o objetivo" do movimento dos trabalhadores é que "o decreto com o qual o governo estabelece a desregulamentação da economia não continue em vigor", disse que "não apenas uma greve, mas um plano de luta" será analisado e criticou o presidente Javier Milei por "agredir com adjetivos", a quem pediu "seriedade" para enfrentar a situação do país.