Dia 3 de dezembro foi o aniversário do falecimento do poeta e músico Jaime Dávalos, autor de várias das mais belas joias do nosso folclore.
Nascido na província de Salta, uma das mais ricas em criação folclórica de nosso país, Jaime Dávalos foi poeta, músico e marionetista.
Seguindo o que parece ser o destino dos poetas populares, Jaime Dávalos viajou pela sua província, viveu entre seu povo e escreveu sobre suas vidas e aventuras com um sentimento profundo que lhe permitiu colher amor e sucesso.
Nascido na capital de Salta, em 1921, Dávalos não foi apenas um poeta primoroso, mas também um grande "recitador" dos seus versos, que ele impregnou de sentimento. Seu estilo foi seguido por outros poetas argentinos, como Armando Tejada Gómez e Hamlet Lima Quintana, que também introduziram em seus versos críticas sociais que foram consideradas, pelos censores habituais, como rebeldes.
Jaime Dávalos fez parte de algumas das sociedades mais férteis da música popular argentina, juntamente com o grande violonista e compositor Eduardo Falú, os poetas Cuchi Leguizamón e Manuel J. Castilla, que também se destacaram na cultura popular argentina e são o símbolo da chamada "época de ouro" do folclore argentino.
Ao morrer, em 3 de dezembro de 1981, Jaime Dávalos deixou apenas 7 livros de poemas, alguns discos e um legado musical tão enorme que se pode dizer que quase todos os grupos de música folclórica argentina tocam ou tocaram suas músicas há mais de 50 anos. Entre elas estão "Zamba de la Candelaria", "Zamba de un triste", "Vidala del nombrador" e dezenas de outras.
Aproveitamos a ocasião para ouvir o próprio Jaime Dávalos em "Las golondrinas", acompanhado pelo violão de Eduardo Falú.