Manifestantes criticam vice de candidato de extrema direita, Javier Milei, por ato negacionista da ditadura na Argentina.
A Deputada Victoria Villarruel organizou um evento em Buenos Aires e é voz ativa contra o que ela chama de terrorismo de esquerda.
O ato ocorreu em um salão da Câmara de Vereadores de Buenos Aires. A iniciativa foi criticada por sindicatos, partidos de esquerda e pela organização das Mães da Praça de Maio, formada por mães de pessoas que foram assassinadas pela ditadura.
De acordo com estimativas de organizações de direitos humanos, nos sete anos em que os militares ficaram no poder na Argetina, cerca de 30 mil pessoas foram "desaparecidas".
Os anos que antecederam a ditadura já foram marcados por forte repressão no país.
Villarruel afirma que fez uma homenagem às vítimas da guerrilha nos anos que antecederam o golpe militar de 24 de março de 1976, que inaugurou a ditadura civil-militar na Argentina.
O evento ocorreu sob forte operação policial, com barricadas que fecharam o acesso ao prédio da Câmara de Vereadores de Buenos Aires.
Segundo os críticos do evento, a homenagem é uma tentativa de retomar a "teoria dos dois demônios", que equipara os atos da guerrilha ao terrorismo praticado pelo Estado durante a ditadura militar.