Fóssil revela enigma paleontológico RAE ARGENTINA AO MUNDO

Descobrem ancestrais dos répteis voadores

Os pterossauros, também conhecidos como répteis voadores, dominaram os céus do planeta durante a Era Mesozóica, há cerca de 160 milhões de anos, até seu desaparecimento total, há cerca de 66 milhões de anos. Até agora, sabia-se muito sobre sua extinção, mas sua origem era um enigma: quase não havia registros fósseis de seus precursores. Os que existiam eram fragmentários, incompletos e mal preservados. Entretanto, um novo esqueleto recentemente descoberto em rochas de 230 milhões de anos no sul do Brasil acaba de fornecer pistas claras sobre a evolução inicial dessa espécie e de seus primos mais próximos, os dinossauros. A descoberta, que envolveu pesquisadores do CONICET, o Conselho Argentino de Pesquisas Científicas e Técnicas, foi publicada na revista Nature.

O novo réptil, chamado Venetoraptor gassenae, tem um conjunto de características inesperadas: um bico parecido com o de uma ave de rapina e mãos maiores com garras afiadas. Suas características sugerem que ele tinha cerca de um metro de comprimento e pesava entre quatro e oito quilos. O bico do Venetoraptor, semelhante ao de uma ave de rapina, é anterior ao dos dinossauros em cerca de 80 milhões de anos.

O fóssil foi descoberto em 2022 por Rodrigo Temp Müller, pesquisador da Universidade Federal de Santa Maria, Brasil, quem pediu colaboração a cientistas argentinos, do CONICET.

"O Venetoraptor é o tipo de descoberta que muda paradigmas. Olhando para sua aparência inesperada, é impossível não pensar em toda a diversidade oculta que está esperando para ser descoberta", diz Temp Müller.

Na sequência, mais detalhes na voz de Diana Constanzo, colega da Rádio Nacional Argentina.

 

 

 

 

Un fósil devela un enigma de la paleontología: cómo eran los ancestros de los reptiles voladores | CONICET