Em 11 de março de dois anos atrás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu pela primeira vez a epidemia de Covid-19 como uma "pandemia" para alertar sobre os perigos do novo coronavírus e exortou os Estados a tomarem as medidas necessárias.

Dois anos depois e com 6 milhões de pessoas mortas devido à doença, a OMS afirma que emitiu o aviso seis semanas antes, mas que poucas pessoas o tinham ouvido.

Em 30 de janeiro de 2020, a agência de saúde da ONU havia declarado a situação como "emergência de saúde pública de preocupação internacional", embora fora da China ainda ninguém tivesse morrido do coronavírus e houvesse pouco menos de 100 infecções.

Segundo fontes da agência, a OMS não só ficou frustrada pela falta de reação dos países, mas também teve que suportar o peso da crítica por "administrar mal a crise", por sua relutância em declarar um alerta sanitário e a subsequente pandemia.

Dois anos após a declaração da pandemia, Maria Van Kerkhove, responsável pela luta contra a covid-19 na OMS, não esconde sua frustração com o erro manifesto de julgamento que os países cometeram.

"Quando realmente vamos aprender?", perguntou-se ela.

Tradução & Apresentação: Julieta Galván
Produção: Silvana Avllaneda